O que avaliar quando fizer um financiamento imobiliário

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Ter a casa própria é o sonho da maioria dos brasileiros. Para sermos mais precisos, é a prioridade de 87% dos brasileiros. O dado é do Censo de Moradia QuintoAndar e do Instituto Datafolha. A pesquisa também mostra que ter uma casa é uma prioridade maior que estabilidade financeira, religião e filhos.

Sendo essa a vontade de tantas pessoas, é comum que a procura pelo domicílio próprio seja alta. A maneira mais comum de obter um imóvel é por meio de financiamentos, visto os altos valores; e dessa forma, são diversas as instituições que trabalham com financiamentos imobiliários. Por isso, separamos alguns pontos importantes para avaliar quando chegar a sua vez de entrar em um financiamento.

Como funciona um financiamento?

Financiamentos são empréstimos bancários para pessoas que desejam adquirir algum imóvel e não possuem o montante necessário. Os imóveis podem ser desde residenciais até galpões comerciais. Esses empréstimos podem cobrir até 90% do valor, dependendo do financiamento, e parcelados em até 35 anos.

Para conseguir um financiamento imobiliário é preciso:

  • Ter 18 anos ou mais;
  • Comprovação de renda suficiente para pagar as parcelas;
  • Cadastro de pessoa física (CPF) regularizado.

Apenas bancos realizam esses financiamentos?

Não! Há também a opção de financiamento direto com construtoras. Nem todas oferecem ela, e quando oferecem, pode depender do imóvel. Essa opção costuma ser em vendas de imóveis na planta ou em construção.

Mas vamos focar no que interessa. O que é importante estarmos atentos na hora de financiar?

Valor das parcelas

O fato de poder ser parcelado em até 35 anos é ótimo! Contudo, temos que observar bem qual será o valor dessa parcela. Não podemos pagar o que não temos, logo, precisam ser parcelas acessíveis. Se você dividir as despesas com alguém, veja o quanto ficará para cada um.

O ideal é que o valor seja até 30% da sua renda mensal. Alguns financiamentos até já limitam o valor das parcelas sendo no máximo 30% do valor que você apresentou como rendimento. Porém, não são todos que possuem esse limite, então é importante saber sobre essa indicação. Comprar o imóvel é a realização de um sonho, algo especial, não podemos colocar os pés entre as mãos. Tudo deve ser feito com cuidado.

Uma opção sempre válida para aliviar as parcelas é utilizar o FGTS. O uso do fundo para diminuir o valor mensal (no caso do SFH) é feito por diversos compradores.

Tipo de financiamento

Além do valor da parcela, precisamos compreender quais são os tipos de financiamento. Assim saberemos qual se encaixa em nossa realidade.

No Brasil temos dois principais tipos.

1º – Sistema Financeiro de Habitação (SFH)

Citado anteriormente, esse sistema é projetado pelo Governo Federal. Ele estipula um valor máximo para o imóvel. O limite também se dá na taxa de juros, sendo a taxa máxima de 12%. É nesse sistema que o programa Casa Verde e Amarela (Antes Minha Casa Minha Vida) se encontra. Aqui temos as menores taxas de juros, e é fornecido para pessoas com renda mensal de até R$7 mil.

2º – Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI)

No SFI são financiados imóveis que passam do teto máximo estipulado no SFH (R$1,5 milhão). O financiamento pode chegar a 90% do valor total do imóvel. Enquanto o SFH o recurso vem do Governo Federal, nesse caso ele vem de grandes instituições e investidores.

O SFI, ao contrário do SFH, permite financiar imóveis não residenciais. Além de permitir que o comprador solicite crédito para comprar outro, mesmo com um já em seu nome.

Em ambos os casos o parcelamento é de até 35 anos.

Ainda sobre financiamento, indicamos nosso ebook gratuito Financiamento Imobiliário: Tudo que você precisa saber!, para ajudá-lo com outras respostas.

Juros

Se a primeira dica é ficar de olho no valor das parcelas, observar os juros é praticamente um complemento. Como dito, não queremos surpresas, então é melhor estarmos bem cientes.

Todo empréstimo tem juros, mas alguns financiamentos tem juros fixos e outros juros variantes. Ao pesquisar sobre os financiamentos, ou ao assinar o contrato, se informe bem como funcionarão essas taxas.

Se for juros fixos, você já sabe que tantos por cento será cobrado todo mês. Caso seja variável, costuma-se sempre utilizar alguma Taxa Referencial (TR) como base. Se informe sobre ela para que já esteja ciente sobre a variação dessa taxa.

Entre os juros variáveis, temos INCC, IPCA, IGPM, entre outros que podem ser escolhidos de acordo com a lei. Estes variam de acordo com situação do mercado, valor do dólar, entre outros. Nesse outro tema, falamos sobre INCC e CUB para você conhecer um pouco mais.

Condições do Imóvel

Você precisa saber onde colocará o pé. Os imóveis passam por uma avaliação de um engenheiro para que sejam vendidos, no entanto, nada melhor que uma olhada própria.

Ao se interessar por um imóvel, visite, avalie bem o seu estado, o bairro, o que há perto… Analise não só em dias de sol, saiba como é o estado quando há chuvas. Tenha certeza de que não haverá incômodo após a compra. Além disso, conhecer a localização e a vizinhança é essencial para uma boa qualidade de vida.

Essa avaliação é importante até mesmo caso você pretenda um dia vendê-lo. São pontos fundamentais na valorização de um imóvel. Além de obter um lugar seu, também é um investimento. Tenha certeza de que o seu espaço irá valorizar.



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Gostou desse artigo? Está interessado em financiar um imóvel e ainda está com algumas dúvidas? Deixe seu comentário! Adoraremos ajudar.

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